apaixonadosporbike: De Santa Bárbara à Mariana

Ruínas do hospital da Prainha em Santa Bárbara

19/09 - 13º Dia - De Santa Bárbara à Mariana. - 66 km.

Fomos ao bairro da Prainha conhecer as ruínas de um antigo hospital. Eram grossas paredes de pedra com altas janelas, escadas e largos portais consumidos pelo tempo. Pegamos o asfalto em direção a Catas Altas, o município oferece desde suas atrações históricas a esportes de aventura e o Parque Natural do Caraça. Seguimos em direção a vila Morro da Água Quente e para Santa Rita Durão, passamos sobre grandes placas rochosas de cor escura, que são chamadas de cangas e são ricas em minério de ferro. Em meio a uma vegetação seca e queimada, surge Seu Dito, agricultor da região numa Caloi Barra-forte repleta de adereços do cruzeiro, e nos avisou: “A cidade é logo ali!”. Na frente da igreja de Nossa Senhora de Nazaré, em Santa Rita Durão, um senhor cochilava na escadaria, ao lado suas bolsas e um rádio velho ligado bem alto. Em Bento Rodrigues conhecemos dois praticantes de Motocross que faziam trilhas por fazendas da região, eram moradores de Mariana e nos falaram: “Uma viagem dessa só de moto!”. Cruzamos pelas obras de um minerioducto que levará o ferro dali aos portos do Rio de janeiro. Logo chegamos a Camargos, uma vila esquecida e parada no tempo. Em meio a algumas casas decadentes e muros de pedras em várias direções, destaca-se a matriz de Nossa Senhora da Conceição erguida em 1718. A vila já foi um rico arraial fundado pelo bandeirante Tomás Lopes de Camargo, que produzia alimentos, carne e leite para abastecer as cidades mineradoras. O tido popular: “tomar leite e comer manga mata”, nasceu ali, pois próximo as senzalas havia muitas mangueiras, e assim foi uma forma simples de evitar que os escravos roubassem o leite. Ao chegarmos a Mariana paramos na Catedral Basílica da Sé, que além de uma majestosa ornamentação tem um enorme órgão de tubos datado de 1701.