De Alagoa à Passa Quatro

Chegando em Itanhandu
25/09   -  19º Dia   -   De Alagoa à Passa Quatro. - 61 km.


A saída para Itamonte é cortando os morros que cercam Alagoa, são 20 kms de  subida forte e sinuosa, depois são 15 km de uma descida merecida. O dia estava nublado e ao chegar a Itamonte um vento forte e frio nos pegou. No caminho para Itanhandu tivemos que vestir os casacos. Pedalamos para Passa Quatro pela linha de trem, que agora está abandonada, cruzamos uma ponte toda de aço e logo avistamos a cidade. A essa altura o vento era forte e gelado quase nos desequilibrando em linha reta. Paramos numa loja de bike para arrumar o freio e onde comprei luvas novas. O Hotel Serra Azul fica na rente da Estação Ferroviária, onde se hospedou Juscelino Kubitschek, oficial médico da Polícia Militar de Minas Gerais durante a revolução de 1932. Tomamos um bom banho quente, colocamos as segundas peles e fomos comer na pensão da Dona Filhinha.




Nos barrancos da estrada


Piki nos trilhos

Hotel Serra Azul em Passa Quatro



26/09   -  20º Dia     -    De Passa Quatro à Cunha. - 117 km



Estação Ferroviária de Passa Quatro na frente do nosso hotel


Locomotiva à vapor parada na estação


A estação ferroviária da cidade foi restaurada aos moldes da sua inauguração em 1881 por D. Pedro II. Uma locomotiva maria-fumaça de 1925 faz passeios turísticos nos finais de semana. Atravessamos a Serra da Mantiqueira pelo asfalto, o vento gelado nos cortava os ossos e congelava as articulações. Na divisa de Minas com São Paulo paramos no memorial para os mortos da Revolução Constitucionalista de 32. Após Cachoeira Paulista seguimos pela antiga estrada Rio – São Paulo em direção a Lorena margeando a linha férrea. Lorena é uma Cidade toda plana e muitos dos seus moradores se locomovem de bicicleta. Esse intenso trânsito de duas rodas forçou a prefeitura a exigir o emplacamento das bikes, para o controle e punição de seus condutores caso o descumprimento das leis de trânsito. De Guaratinguetá seguimos em direção a Cunha, eram 48 km de falso plano e subidas. Na metade do percurso uma moradora do lugar e dona de uma lanchonete na beira da estrada de nome: “Tudo da Roça”, nos ofereceu carona em sua picape até sua propriedade. Ela também pedalava e sabia que iríamos chegar a Cunha muito tarde. Hospedamo-nos no Hotel Portal do Sol. Estávamos há apenas 47 km de Paraty e de podermos deixar os pés de molho na água salgada, ouvindo apenas o barulho das ondas batendo na areia.



O frio estava de rachar


Em Lorena todas as bikes são emplacada pela Prefeitura
 
Lanchonete "Tudo da Roça"



A proprietária que nos ofereceu carona

Chegamos em Cunha no escuro



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