 |
Marco da Estrada Real no ponto onde o Caminho da Serra Acima entra na mata |
27/09 - 21º Dia - De Cunha à Paraty. - 48 km.
Arrumamos as nossas coisas sem pressa, seria último dia de pedal daquela aventura. Já era meio-dia quando partimos e logo encaramos uma forte subida, não muito diferente de todas que atravessarmos na Serra do Mar. No lado paulista da serra não havia mais sinal da Mata Atlântica, ao passarmos a divisa acaba o asfalto e uma exuberante floresta se ergue na nossa frente. Estávamos no Parque Nacional da Serra da Bocaina. A mata toma conta de toda a estrada, um ar úmido e puro entrava nos nossos pulmões. Começava ali a maior e mais forte descida da viagem, são mais de 20 km até chegar a Paraty. Paramos numa choupana em meio a mata, de nome Ponto de Apoio, e depois num mirante para ver o mar. Pouco antes de cruzarmos a rodovia Rio – Santos, existe um marco de aço da ER, uma pequena igreja e uma trilha calçada de pedras cobertas de lodo cercada pela floresta. Aquele calçamento era o verdadeiro sentido da antiga Estrada Real, ou Caminho da Serra Acima, ou Caminho do Ouro de Paraty. Usados pelos índios Goianás para se deslocarem entre as aldeias das praias e da serra. Os colonizadores usaram essas trilhas para as incursões ao sertão de Minas e de São Paulo. Posteriormente veio o seu calçamento para o transporte de ouro, diamantes e açúcar já no Império. Pedalamos até o cais, pedimos uma cerveja e pasteis de camarão. Ficamos apreciando o por do sol por entre a serra e ouvindo o barulho da água nos cascos dos barcos na enseada. Já estava escurecendo quando fomos para a Pousada do Canoeiro, jantamos uma moqueca de peixe e o nosso desafio tinha chegado ao fim.
 |
Charmosas casas no lado paulista da estrada |
 |
Birosca "Ponto de Apoio" na descida da Serra da Bocaina |
 |
Pneu rasgado pelas pancadas na descida |
 |
Mirante |
 |
Visual de Paraty, estamos chegando |
 |
Agora é só relaxar |
Nenhum comentário:
Postar um comentário